sexta-feira, 13 de março de 2009

O olho do tigre

Hoje em dia fala se das cuecas do Sócrates, das mijinhas do Cristiano Ronaldo sem esquecer a derrota do Sporting, etc. 
As eleições são já em Junho, e acho que é crucial debatermos o maior fardo que Portugal acarreta: É o deficite externo,  e não se ouve nada, não se vê nada.

A curto prazo, para reduzirmos o deficite, temos como ferramenta reduzir as importações ou aumentar as exportações. Todos os anos estamos a endividar-nos entre 8% e 10% e isso é gravissimo. Vamos recorrer a um exemplo simples. Imagine-se que recebia de mesada 10€ por mês, e todos os meses a mesada crescia 10%. Portanto, seria 10, 11, 12.... etc €. Mas pedia emprestado todos os meses 20% do que ganhava. 2, 11x0.20, 12x0.20.... €. O problema é que o estado não poupa nada da mesada. (ainda gasta mais, ou aproximadamente mais 3% ou 30 centimos do que ganha.) Quem vai pagar? Nós, a miudagem.

Porquê?

Bem, isto vai ter que parar, mais tarde ou mais cedo. E está-se mesmo a ver quando. Daqui a uns anos, claro. Não se esqueçam que além de estarmos a ir buscar cada vez mais € lá fora, esse bloco de € tem como crescimento um crescimento exponencial dado o efeito de estar a aumentar via valor nominal + os juros que acarretam: vamos ver um exemplo para uma taxa de juro mensal de 1%: 
1º mês: 2
2º mês 2*(1+0.01) + 11*0.20
3º mês (2*(1+0.01) + 11*0.20))*0.01 + 12*0.20


... e por aí fora. 

E ainda fala-se de TGV's, OTA's etc ? = mais deficite? 
Esqueçam a OTA, e investir no Norte como plataforma indústrial?

Aumentar exportações via partnerships que parecem máquinas de marketing ineficientes que produzem produtos pouco competitivos como o Magalhães ?
Porque não fomentar mais a ligação entre empresas e universidades via não pagando ou reduzindo impostos os start-ups universitários?

É preciso fazer, e não falar, e o problema é que nós vamos em cantigas de cuecas e mijinhas. 











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